QA: A Garantia da Qualidade na Varsomics

A Garantia da Qualidade é uma etapa fundamental de um processo que resulta em plataformas de alto nível para nossos clientes. Entenda!
qualidade em software de bioinformática

Nossos produtos, antes de serem disponibilizados para os clientes, é passado pelo time de qualidade de software (QA) dedicado a cada produto, havendo assim, a contribuição para melhoria contínua do produto final a ser entregue.

Mesmo havendo produtos diferentes que o time de qualidade atua, seguimos os mesmos processos para termos um padrão de qualidade nas entregas para nossos clientes. Esses processos vão desde teste estático e dinâmico, documentação, tipos de teste (regressivo, usabilidade, integração, performance) e teste automatizado.

Quer entender como um time de Garantia da Qualidade (QA) trabalha? Acompanhe o texto! Nele, falamos também sobre o time de QA da Varsomics e como acontecem as comunicações deste com os demais times, além de como se estrutura o processo de feedback contínuo para a melhoria das entregas de funcionalidade para nossos clientes. 

O que é a Garantia da Qualidade (QA – Quality Assurance)?

Em linhas gerais, a Garantia da Qualidade (Quality Assurance do inglês, ou apenas QA) tem como um dos objetivos principais assegurar o nível de qualidade do produto ou serviço fornecido aos nossos clientes.

Portanto, significa elevar os padrões de qualidade, garantindo maior segurança, credibilidade e a excelência no desenvolvimento de softwares.

O Analista de QA tem o papel de analisar todo o ciclo de desenvolvimento de um produto digital. Esse profissional é capaz de garantir o funcionamento correto dos programas e revisar os pré-requisitos dos softwares, reportando falhas ao time de desenvolvimento.

Atualmente, realizamos testes estáticos em nossos produtos. A tarefa chega para o analista de qualidade antes mesmo de iniciar a sprint, ele irá revisar os requisitos escritos pelo Product Owner e revisar, também, as telas desenvolvidas pelo time de UX, antes que vá para o desenvolvimento. 

Sprint: período de tempo fixo em que uma equipe de desenvolvimento trabalha em um conjunto específico de tarefas para entregar um incremento de funcionalidade.

Tudo deve estar alinhado e organizado, para que no final, durante o teste dinâmico (teste na tela do sistema) não haja desencontro de informações e encontre menos bugs.

QA software bioinformática

Quais são os tipos de testes utilizados pelo time de QA da Varsomics?

Nossos testes nos sistemas da Varsomics são: regressivo, usabilidade, integração e performance

No teste de performance, subimos diversos tipos de amostras para que possamos verificar se o sistema está aprovando ou não os arquivos que estamos subindo. 

Em seguida, aproveitando essas amostras aprovadas, realizamos o teste regressivo, onde faremos um teste geral no sistema, testando funcionalidade por funcionalidade, mesmo que aquele componente não tenha sido mexido.

Enquanto isso, os testes de usabilidade focam na perspectiva dos usuários reais usando o produto para descobrir problemas e pontos de melhorias. No teste de usabilidade focamos no layout, como:

  • Cores (botões, letras, componentes), 
  • Tamanho de letras, 
  • Alinhamento do componente na tela,
  • Ícones e ilustrações. 

Já no teste de integração verificamos a integração de vários componentes que ajudam a avaliar o software de ponta a ponta (end-to-end).

Já pensou se nossos softwares de bioinformática não tivessem passado pelo time de qualidade?! Seria caótico. Por isso, na Varsomics, valorizamos muito nosso time de qualidade e os resultados que esse time contribui para os produtos.

Feedback do time de QA ao time de desenvolvimento

O time de qualidade recebe feedback contínuo de todos os times, por meio de retrospectivas ou reuniões de alinhamento. Essa prática tem desempenhado um papel fundamental na evolução e no comprometimento do time com o produto e sua entrega ao cliente.

De forma análoga, o time de qualidade também fornece retorno aos demais times, permitindo que eles atuem em seus respectivos gargalos e alcancem uma evolução contínua.

Por meio de métricas ou da explicação de casos ocorridos, o time de qualidade auxilia os times de produto, desenvolvimento e design a compreender o que aconteceu em determinado momento do processo, possibilitando que ajam com maior assertividade nas próximas tarefas.

Por exemplo, durante uma de suas retrospectivas, o time identificou a ausência de critérios de senha tanto na tela de recuperação quanto na criação de uma nova senha. Com base nos feedbacks dos clientes a respeito dessa lacuna, foi comunicado ao time de desenvolvimento e design para que realizassem as devidas alterações.

Assim que a tarefa foi concluída, um analista de qualidade realizou uma série de testes, verificando todos os cenários possíveis, tanto positivos quanto negativos, em relação aos critérios de senha.

Após a aprovação desses testes, a funcionalidade foi disponibilizada aos clientes. Agora eles são capazes de recuperar suas senhas ou criar novas, atendendo aos critérios estabelecidos, sem a necessidade de suporte adicional ou qualquer tipo de dificuldade.

A introdução dessa melhoria na tela de recuperação e criação de senhas foi muito bem recebida pelos clientes, que forneceram diversos feedbacks positivos ao utilizá-la. 

Abaixo estão algumas imagens que demonstram como a tela de redefinição de senha se encontra atualmente, apresentando os critérios e os cenários positivo e negativo.

Imagem 1: Critérios de senha na tela “Redefinição de senha”

garantia da qualidade (QA) no software varstation

Imagem 2: Critérios de senha positivos na tela “Redefinição de senha”

QA varstation

Imagem 3: Critérios de senha negativos na tela “Redefinição de senha”

Análise de métricas

O time de QA adota a prática de utilizar métricas para analisar o desempenho de cada tarefa e, ao final de cada sprint, compartilham essas métricas com as lideranças para que possam abordar possíveis gargalos identificados. 

Antes da implementação das métricas, a equipe enfrentava dificuldades em atuar com precisão nos pontos onde haviam gargalos. No entanto, após a implementação delas, observou-se uma evolução significativa no produto.

Para realizar a análise das métricas, foi criada uma planilha no Excel, contendo colunas específicas para atender às necessidades da equipe de QA. Essa planilha é atualizada diariamente, registrando os acontecimentos das sprints de forma precisa. 

Após cada sprint, são criados dashboards que apresentam informações relevantes, como o tempo dedicado ao trabalho na sprint, o status das tarefas, a quantidade de bugs encontrados em cada área e sua priorização para entrega no momento.

Ao analisar as métricas dos softwares de bioinformática, a equipe de QA identificou um padrão de reprovação de tarefas. Essa constatação foi prontamente comunicada às lideranças, a fim de que ficassem cientes do ocorrido e para que todos pudessem pensar em novos fluxos visando uma melhoria contínua dos times.

Monitoramento contínuo

O monitoramento contínuo do analista de qualidade é realizado tendo como base os conceitos de “Garantia da Qualidade e Teste” do livro Syllabus. Esse livro é utilizado como referência para os estudos da certificação CTFL (Certified Tester Foundation Level), que é a base das certificações do ISTQB (International Software Testing Qualifications Board). Esse estudo proporciona conhecimentos essenciais sobre testes.

Em linhas gerais, o monitoramento contínuo consiste na coleta de  informações, fornecimento de feedback e visibilidade sobre todas atividades de teste, proporcionando rastreabilidade nas atualizações do sistema.

Assim, o time de QA adota algumas das seguintes ações para monitoramento contínuo:

  • Acompanhamento das tarefas específicas da etapa “Sprint XX.Y” atual
  • Quando as tarefas chegam na etapa de “Code Review” (revisão realizada em pares no código desenvolvido), o analista de QA solicita o status da tarefa, para ciência da implementação no ambiente de homologação. 
  • Assim que as tarefas são implementadas, os testes são iniciados  para mapeamento das possíveis inconsistências. Após as evidências serem coletadas, o analista de QA comunica os desenvolvedores para providenciar o reparo necessário, caso necessite de algum ajuste.
  • Por fim, quando todos os processos anteriores foram concluídos com sucesso, e aprovado pelo analista de QA, as funcionalidades do sistema estão prontas para serem entregues aos usuários, no ambiente de produção, com a garantia de máxima qualidade.

Exemplo do funcionamento do Monitoramento contínuo e Controle de Releases: 

Desta forma, diante da adoção do monitoramento contínuo, que ocorreu durante todo o desenvolvimento da sprint, conseguimos estabelecer e manter a rastreabilidade durante todo o processo de desenvolvimento do software, ensejando no sucesso da Realese. 

Conclusão

Ao longo do artigo lemos que é de suma importância a existência de um time de qualidade para nossos produtos, proporcionando entrega de qualidade, seja de novas funcionalidades, melhorias das funcionalidades existentes e manutenção para os softwares de bioinformática.

Durante os testes de qualidade, o time de QA anota o que está sendo encontrado e ao analisar as métricas, evidenciam eventuais problemas, para que possam ser corrigidos com o máximo de foco, resultando em maior eficiência no processo de desenvolvimento do software como um todo.

Nossa melhora contínua acontece pois mantemos uma comunicação e participação ativa entre os times e produtos. Nenhuma tarefa passa para o cliente sem passar pelo time de qualidade, que somente libera o produto se este atender os requisitos dos usuários.

Autoras:

Eloísa Potrich: Analista de Qualidade na Varsomics. Formada em Engenharia de Software (Unicesumar) e é especialista em Engenharia de software com ênfase em qualidade de software(UNICIV). Possui mais de 4 anos de experiência na área de qualidade.

Juliana Estevão: Estagiária de QA na Varsomics. Finalizando o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, com certificação CTFL pela ISTQB e SFPC pela CertProf.

Mikely Fernanda: Analista de Qualidade na Varsomics. Graduada em Informática Biomédica pela USP e pós-graduanda em Engenharia de Software com ênfase em Qualidade e Teste de Software, possui certificação CTFL. Com mais de 3 anos de experiência em QA.

Referência 

[1] Board Q. Certified Tester Foundation Level Syllabus. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Relacionados